Ao longo das últimas semanas, equipes de coordenadores do SAS Brasil viajaram para o Centro-Oeste e para o Nordeste para visitar e conhecer as cidades que receberão as UTAs, unidades de teleatendimento que serão instaladas durante a edição 2020 do Sertões. Nessas visitas, os times tiveram a ajuda de uma tecnologia conhecida como Realidade Aumentada (RA) para planejar a instalação das UTAs.

UTA ‘projetada’ em uma das cidades que receberão o equipamento
A RA integra elementos ou informações virtuais com o mundo real por meio de uma câmera ou de sensores. Entre alguns dos usos mais conhecidos da tecnologia estão os filtros para fotos em redes sociais e jogos como Pokémon GO e Minecraft Earth. “Para inserir elementos virtuais no mundo real, a tecnologia exige um marcador, que pode ser uma imagem, um espaço plano ou elementos mais complexos”, explica o site CanalTech. “Assim, é possível utilizar essa marcação para que o elemento virtual seja devidamente inserido na imagem capturada pela câmera”. A RA pode ser acessada no celular por meio de diferentes apps.
⇨ Conheça o projeto de telemedicina do SAS Brasil
Foi exatamente o que as equipes do SAS Brasil fizeram nas cidades que receberão as UTAs. Com o uso de um app gratuito, chamado Augin (veja tela em uso mais abaixo), os coordenadores puderam “visualizar” os gigantes de 12 metros de comprimento e 2,5 metros de largura, pesando 4 toneladas vazios, como se eles já estivessem ali nos locais selecionados. O Sertões 2020 tem início na próxima sexta-feira e vai rodar de Mogi-Guaçu (SP) até o Maranhão. As UTAs serão instaladas em cidades do Goiás, do Maranhão (Estado inédito para o SAS Brasil) e do Ceará. Por questão de segurança sanitária e para evitar aglomerações nos municípios, os nomes das cidades que receberão as UTAs do SAS Brasil ficarão em sigilo até que a operação tenha início.

O projeto das UTAs foi construído em tecnologia conhecida como BIM
Segundo Flaviane Ramos, arquiteta responsável pelo projeto das UTAs, o aplicativo gera o modelo de realidade aumentada, em escala 1:1. Uma vez no local, basta apontar a câmera do celular para que ele projete o modelo em tamanho real. “A partir disso, pudemos fazer uma análise completa do terreno, decidir qual seria o melhor posicionamento, qual rua será mais apropriada para o acesso a cada unidade etc.”, conta Flaviane. “A tecnologia nos ajudou a definir com precisão o local em que as UTAs ficarão, porque dão uma noção bastante acurada de como as unidades ficarão posicionadas”.
Modelagem de Informações de Construção
Flaviane conta que o projeto das UTAs, inédito e patenteado pelo SAS Brasil, foi construído dentro de um processo conhecido como “BIM” (Building Information Modeling, ou Modelagem de Informações de Construção, em tradução livre).
Nele, é possível criar e gerenciar informações em um projeto de construção em todo o ciclo de vida do projeto, incluindo a descrição digital de cada aspecto do ativo construído. É isso que, segundo a arquiteta, permite ter o projeto “pronto” para a “projeção” usando a tecnologia de RA.