Carreta usada nas expedições virou banco de sangue itinerante (foto: Fernanda Ary)

Segundo o Ministério da Saúde, apenas 1,6% do total da população brasileira –o equivalente a cerca de 3,5 milhões de pessoas– doa sangue, quando o número ideal, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS,) seria de 5%. Neste momento de pandemia, a situação está ainda pior. As medidas de isolamento social e o medo que as pessoas têm de contrair o vírus fizeram com que os estoques de bancos de sangue de vários Estados despencassem.

Diante dessa situação e comprometido em levar saúde a quem mais precisa, o SAS Brasil, com patrocínio da Roche, adaptou a carreta usada nas expedições e a transformou em um hemocentro itinerante, que durante o mês de julho vai rodar por diversos pontos na capital e Grande São Paulo.

O sangue é importante para cirurgias que continuam acontecendo e transfusões podem ser necessárias mesmo no tratamento da covid-19, doença causada pelo novo coronavírus. “Para nós, é importante manter-nos fiéis à nossa missão, fazendo com nossa carreta esteja em uso neste momento de pandemia para um propósito tão nobre como a doação de sangue”, destaca a médica Adriana Mallet, coordenadora de Saúde do SAS Brasil. Também em função da pandemia, a carreta estava parada.

Saiba onde doar e faça o seu agendamento

As doações são feitas de forma segura, garantindo o distanciamento social (foto: Fernanda Ary)

“Consideramos essencial participar para o estabelecimento de uma sociedade desenvolvida e socialmente mais justa”, destaca Sarah Chaia, Diretora Jurídica, de Responsabilidade Social e Sustentabilidade, Políticas Públicas & Compliance Officer da Roche Farma. “Neste momento de pandemia, entendemos ser ainda mais importante ter uma atuação proativa e solidária, apoiando causas que emergem em nossa sociedade, como a questão da queda nas doações de sangue e a necessária reposição dos estoques dos hemocentros. Ao incentivar a união de forças, percebemos que é possível fazer a diferença e gerar benefícios concretos ao nosso país”, ressalta.

Segundo reportagem de meados de junho publicada no jornal Folha de S.Paulo, até o mês de maio bancos de sangue em São Paulo estavam em níveis estáveis, mas começaram a entrar em situação crítica. Mesmo com a pandemia, o Ministério da Saúde tem incentivado as doações. “A população brasileira é reconhecida por sua postura solidária e certamente dará mais este bom exemplo ao mundo”, disse ao site do ministério seu coordenador de Sangue e Hemoderivados, Rodolfo Duarte Firmino.

Para garantir a segurança dos doadores, o hemocentro está adaptado à realidade da pandemia, permitindo que as pessoas mantenham distanciamento social e evitando aglomerações. Por isso, as doações só podem ser feitas mediante agendamento prévio, por WhatsApp ou no site dos Supermercados DIA, parceiro do SAS Brasil na iniciativa.

As coletas são feitas pela equipe do Hemocentro São Lucas, um dos maiores centros privados de medicina transfusional do Brasil, que atende hospitais na Capital e na Grande São Paulo, no Rio de Janeiro e no Distrito Federal. “Nossa carreta existe porque temos a missão de levar saúde a quem não tem acesso. Neste momento delicado, com falta de sangue em hemocentros, queremos ajudar a garantir que as doações continuem sendo feitas”, completa Adriana, do SAS Brasil.