Na semana passada, compartilhamos com a nossa base de apoiadores a maravilhosa notícia de que batemos (e até fomos além!) a meta inicial do nosso projeto de telemedicina no enfrentamento à covid-19! Em cerca de dois meses de campanha, as doações chegaram a R$ 455.800,66. No Catarse, 120 pessoas doaram um total de R$ 45.580; outras 110 fizeram transferências diretas (R$ 410.220,66). Esse valor ultrapassa a nossa meta em mais de R$ 100 mil!

Batemos a meta mas não estamos nem perto de parar! Nosso projeto agora ganha asas e vai se ramificando pelo Brasil. A 1ª etapa do projeto tem sido de muitos aprendizados e de um contato muito próximo com comunidades que estão mais vulneráveis na epidemia. Começamos com o que era apenas uma ideia: a de buscar fazer a diferença na vida de pessoas socialmente vulneráveis nesse momento tão difícil pra todos nós. Dentro das próximas semanas, bateremos também a nossa meta inicial de beneficiar até 8 mil pessoas. Nossos médicos e psicólogos estão atendendo de forma intensa, com agenda lotada e dedicação engajada.

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Também já temos resultados maravilhosos. O dado que mais salta aos olhos, enquanto autoridades responsáveis pedem o distanciamento social para atrasar o espalhamento do coronavírus, é o de que 98% dos nossos pacientes atendidos até agora não precisaram sair de casa, evitando um risco desnecessário de contágio, que é alto em hospitais ou postos de saúde. Mas nem por isso eles deixaram de receber cuidados médicos ou psicológicos. Até o momento de publicação desse texto, já haviam sido realizadas 1.811 teleconsultas e teleorientações, com um impacto direto em 4.035 pessoas.

Milhares de pessoas já têm acesso à nossa telemedicina

Também fomos longe! Já atendemos pacientes localizados em ao menos 39 municípios brasileiros! Esse é o poder da telemedicina: com a nossa tecnologia e o engajamento de dezenas de voluntários, podemos atender qualquer pessoa que tenha uma conexão com a internet no celular —e se não tiver, a gente dá um jeito! Nossos médicos e psicólogos, nossas equipes de solo e as lideranças locais, capacitadas por nós para o uso da telemedicina, estão com a gente nessa batalha.

Nas duas principais capitais brasileiras, São Paulo e Rio de Janeiro, onde se concentra a maior parte dos casos de contaminação e de mortes, nossa atuação já fincou raízes em comunidades. Cerca de 5 mil famílias do Jardim Colombo, na Zona Sul da capital paulista, já podem se beneficiar dos atendimentos —muitas já conversaram com os nossos profissionais. Estamos em contato com a Comunidade da Tribo, no Jardim Damasceno, Zona Norte de São Paulo, onde vivem aproximadamente mil famílias.

No Rio, já estamos atuando no Complexo do Alemão, lar de 70 mil pessoas, e partindo para atender os 20 mil moradores do Jardim Gramacho, bairro que já abrigou o maior lixão de América Latina, em que as condições são de extrema pobreza. Com o nosso projeto, essa população, invisível ao tecido social, passa a ter acesso a saúde especializada e de qualidade, de graça e de forma remota.

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Precisamos da sua ajuda: compartilhe, doe, leve nossa telemedicina adiante

Agora vem o nosso próximo e maior desafio: queremos fazer a diferença na vida de ainda mais gente. Quase todo dia, o Brasil vem batendo tristes recordes nos números de casos e de novas mortes. Dados do Ministério da Saúde, considerados subnotificados, contabilizam 21.048 vidas perdidas até ontem (22/5), com índice de letalidade (6,4% dos casos confirmados) e de mortalidade (10 por 100 mil habitantes) ainda muito altos. Já somos o 2º país com o maior número de casos confirmados (330.890), atrás apenas dos Estados Unidos. Queremos colaborar para que as pessoas que podem fiquem seguras em casa, mesmo quando têm demandas de saúde.

Queremos atender 40 mil pessoas. Queremos replicar o modelo de atendimento remoto para mais cidades, com foco em municípios pequenos, uma vez que a interiorização do coronavírus no Brasil vem crescendo, como mostra um estudo recente da Fiocruz. Vale lembrar que essas cidades menores, de até 30 mil habitantes, estão desde sempre no radar das ações itinerantes do SAS Brasil.

E para isso tudo, vamos precisar da sua ajuda! Em breve, colocaremos no ar a nossa campanha para a 2ª etapa. Você pode doar, mas pode ajudar também divulgando o projeto, para que ele seja conhecido ainda mais longe, em outras cidades, outros Estados, em todo o Brasil. Juntos, ainda que momentaneamente separados, vamos combater a covid-19!